sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dr. Jorge Martins Cardoso - Auto-hemoterapia - Artigo 98 - 2º episódio - 1ª parte.

Dr. Jorge Martins Cardoso - Auto-hemoterapia - Artigo 98 - 2º episódio - 1ª parte. Auto-hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos... Artigo 98 - (XCVIII) Inflamações, infecções e complicações... 2º episódio - "O Vilão Dourado dos Hospitais" - Observação - Como o texto encontrado sobre os "vilões dourados" é relativamente extenso, o 2º episódio será dividido em duas partes. 1ª parte - É um "vilão dourado" o micróbio que ameaça muitos dos milhões que passarão algum tempo em hospitais este ano. O seu nome completo é Staphylococcus aureus. Os seus esconderijos prediletos são as salas de operação e as enfermarias de maternidades. (1). 1º intervalo musical - Eu quero ter você outra vez mais/meu coração não pode sofrer mais/penso em você e as vezes choro/te quero. O "estáfilo", para empregar o apelido que lhe dão os médicos, não é estranho à humanidade. Mais ou menos a metade de nós é portadora desse micróbio, sem perigo quando estamos em bom estado de saúde. Mais quando a resistência do organismo está baixa, os estafilococos se multiplicam e podem causar uma legião de doenças, desde o modesto furúnculo a abscessos, peritonite e pneumonia. Sinistramente, o estáfilo algumas vezes é um invasor mortífero depois que o organismo foi enfraquecido pelo vírus da gripe. (1). 2º intervalo musical - Sonhei que estava com você aqui/dizendo que gostava só de mim/seus olhos pareciam um mar azul/azul. Com o advento dos antibióticos durante a Segunda Guerra Mundial, os médicos pensaram que tinham vencido o estáfilo. O corpo de empregados do hospital tornou-se descuidado: todo mundo sabia que o estáfilo era facílimo de vencer com penicilina. De repente ele adquiriu uma nova personalidade que podia suportar sem qualquer efeito doses maciças daquele antibiótico. (1). Os novos perigosos germes surgiram em 1947 em três hospitais de Winnipeg, no Canadá. Apareceram feias pústulas em crianças recém-nascidas; suas mães tiveram abscessos no seio que resistiam à penicilina. Tanto as mães como as crianças transmitiram os novos germes a outros membros de suas famílias quando voltaram para casa. Ao que parece, enfermeiras que se transferiram para outros hospitais levaram estáfilos consigo. (1). 3º intervalo musical - Eu quero ter você outra vez mais/meu coração não pode sofrer mais/penso em você e as vezes choro/te quero. A experiência de Winnipeg não foi única. Não tardou que novos germes estivessem atacando hospitais tanto nos Estados Unidos como em outros países. Em 1952 foi necessário fechar o departamento de cirurgia torácica de um hospital na Inglaterra devido à freqüência com que se manifestavam infecções por estáfilos em pacientes após a operação. No Texas dois hospitais tiveram de ser fechados para uma desinfecção completa. Em várias cidades, uma após outra, as infecções pós-operatórias estavam-se tornando um sério problema. (1). 4º intervalo musical - Sonhei que estava com você aqui/dizendo que gostava só de mim/seus olhos pareciam um mar azul/azul. Pior ainda foi a situação que encontrou o Dr. Reimert T. Ravenholt, do Departamento de Saúde Pública de Seattle. Cinco hospitais locais anunciaram grandes surtos de infecção por estáfilo em 1954-1955. Os pesquisadores verificaram que pelo menos 24 mortes nesses hospitais foram causadas por infecções estafilocócicas. (1). 5º intervalo musical - Eu quero ter você outra vez mais/meu coração não quer que eu sofra mais/eu quero ter você outra vez mais/meu coração não quer que eu sofra mais. A infecção não era fácil de vencer. O Dr. Herman O. Dillenberg, bacteriologista do Departamento de Saúde Pública de Saskatchewan, verificou que não só a penicilina era ineficaz em muitos casos, mas também a estreptomicina, a aureomicina, a até a terramicina estavam perdendo a sua força para exorcizar esse demônio bacteriano. Felizmente alguns antibióticos mais novos, como a eritromicina e a cloromicetina, ainda eram valiosos. Mas se fossem usados indiscriminadamente, por quanto tempo conservariam a sua eficácia? (1). 6º intervalo musical - Eu me apaixonei/por você me apaixonei/para mim o seu amor é demais. Hoje sabemos que as novas e poderosas drogas atuais, quando usadas indiscriminadamente, podem ter conseqüências perigosas. "Com o uso contínuo e excessivo dos antibióticos", disse recentemente aos seus colegas cirurgiões o Dr. William B. Hutchinson, de Seattle, "criamos um mundo novo de germes. Pode ser que os cirurgiões tenham novamente de aprender como tratar infecções, uma arte perdida na última década". (1). 7º intervalo musical - Te quero/te quero/te quero/te quero. Os hospitais estão examinando de novo a limpeza e a assepsia de suas salas de operação. E não é confortável o que eles têm encontrado. "É perfeitamente evidente que a infecção é comum", escreveram eminentes médicos canadenses em recente número do American Journal of Surgery. "Como é que este germe, que morre tão facilmente com um moderado grau de calor e com muitos dos antissépticos, pode produzir tal confusão num hospital, que é, segundo todas as aparências externas, impecavelmente limpo?" (1). 8º intervalo musical - "È a banda calcinha prêta, prá você ficar porrêta. A resposta que esses e outros médicos encontraram é de uma simplicidade altamente alarmante: os estáfilos podem sobreviver e conservar a sua virulência durante muito tempo na poeira sêca e fina; e a poeira fina tem extraordinários poderes de movimentação e penetração. Os colchões e as cobertas são distribuidores particularmente eficazes de estáfilos. Até os lençóis lavados representam o seu papel, segundo verificaram os médicos canadenses. "A roupa suja dos nossos hospitais estava sendo levada das enfermarias nos mesmos carros que entregavam a roupa limpa. Em outras palavras, havia uma oportunidade real para que a roupa limpa fosse contaminada antes de chegar às camas". (1). Os médicos verificaram que todo paciente com furúnculo virulento em regra tinha estáfilos nas mãos. Qualquer coisa que eles tocassem ficaria com germes. Até a mudança de curativo dos doentes passava os estáfilos para a roupa, os aventais, o nariz, e a faringe do pessoal do hospital. (1). Outra observação - Mais uma vez, fica evidente que o advento dos antibióticos ocorreu durante a II Guerra Mundial, conforme está registrado na revista Seleções do Reader's Digest (que é de 1958), o que é firmemente ratificado pela literatura médica. Conforme consta nesta revista, já em 1947, em três Hospitais do Canadá, foram observadas infecções estafilocócicas resistentes à penicilina. Outra observação - E aqui, vale repetir o que diz o Dr. Luiz Moura em seu DVD, sobre o alerta feito pelo Dr. Alexander Fleming: "aí é que vem o lado importante, aí ele diz o seguinte, que as pesquisas dele tinham constatado que os micróbios ao longo de 10 anos iam criando resistência aos antibióticos, mais também tinha constatado que depois eles perdiam a memória, se ficasse um tempo sem usar o antibiótico, então que todo antibiótico deveria ser usado num prazo máximo de dez anos e depois descontinuado se possível, alguns anos, ou se possível, até dez anos já que muitos outros antibióticos iam surgir"... (...) mais a ganância, resultou em usar antibiótico permanentemente, não descontinuar e com isso os micróbios criaram resistência e hoje já há até, dizem de brincadeira os médicos que trabalham em hospital, até micróbios residentes, que já adoram os antibióticos, jão não são nem resistentes, são residentes...". (2). Outra observação - O "American Journal of Surgery" citado no presente texto (que é de 1958), é aquele mesmo jornal no qual o Dr. Michael W. Mettenleiter, em 1936, publicou o seu trabalho intitulado "AUTOHEMOTRANSFUSION IN PREVENTING POSTOPERATIVE LUNG COMPLICATIONS". (3). Este Dr. Mettenleiter é o mesmo que inspirou o médico brasileiro Dr. Jésse Teixeira a realizar suas pesquisas. (4). E, é este mesmo Dr. Mettenleiter, que é citado na página 12 do parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM). (5). Antibioticoterapia: Tudo a ver! Auto-hemoterapia: Tudo a ver! Só que os micróbios, desde há muito tempo, não estão respeitando devidamente os antibióticos. Daí as complicações... Alô leitores musicais - A música é "Te Quero" (Get Back), da banda de forró sergipana "Calcinha Prêta", prá vocês ficarem porrêta. (no próximo artigo a 2ª parte do 2º episódio). Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. Bom dia. Aracaju, 24 de junho de 2012. Jorge Martins Cardoso - Médico - CRM 573.

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